quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Trem da Memória

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Trem da Memória
Silvio Brito / Ademir Martins

Toda vez que o trem apita na curva da linha 
Faz parada obrigatória na estação do tempo 
Aí meu coração acorda junto com as galinhas 
E a saudade embarca junto pra tirar proveito 

Toda vez que o trem apita lembra a minha vida 
Quantas vezes por amor eu quase descarrilho 
Acho que eu sempre fui manteiga derretida 
Esparramando poesia ao longo desses trilhos

Êta trem que vai ligeiro 
Êta vida vai também 
Quem chegar no amor primeiro 
Ganha outra vida com direito ao trem

Choc choc vai nos trilhos 
Parece estribilho lembranças também
Tá vendo aqueles pés de milhos 
Foi atrás dos milhos meu primeiro bem

Choc choc nas veredas 
Para ter labareda lenha tem que por 
Não há maria que esfumace 
Se a gente cançasse de lhe dar calor 

Toda vez que o trem apita conta a minha história
Corro pra estação e embarco no trem da memória

Toda vez que o trem apita traz uma saudade 
Daquela esquina que escondia meus primeiros beijos 
Diziam todos que eu era magro de ruindade 
Gostava de doce de leite, rapadura e queijo

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